sábado, 28 de julho de 2012

Aeronave cai perto do aeroporto de Juiz de Fora, em MG (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um avião bimotor se chocou contra uma pousada e caiu na manhã deste sábado (28) em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. A Infraero informou que a aeronave decolou do Aeroporto da Pampulha às 7h07 com oito pessoas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, às 11h30, oito corpos já haviam sido localizados.

Na aeronave estavam o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, e o vice-presidente Cesar Tavares, segundo informações da empresa. Também estavam a bordo o

A assessoria não passou informações sobre as outras vítimas e disse que os executivos estavam indo para um evento da empresa na cidade. De acordo com a Infraero, a aeronave pertencia a Vilma Alimentos.

O avião bateu no quiosque de uma pousada e acabou caindo em uma área de difícil acesso, próxima ao aeroporto da cidade. Segundo a Polícia Militar, a aeronave explodiu ao tocar o solo. Os bombeiros informaram que no horário do acidente havia neblina na região. Pela manhã, o aeroporto da cidade operava por instrumentos.

Havia quase 60 pessoas na pousada, mas ninguém ficou ferido.
 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

PM é acionada para queda de helicóptero em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

A Polícia Militar foi acionada para uma queda de helicóptero próximo ao cruzamento das Avenida Santa Marina com a Rua Guaicurus, na região da Água Branca, na Zona Oeste de São Paulo, por volta das 10h20 desta quarta-feira (11). Segundo a assessoria de imprensa da PM, a aeronave com dois tripulantes caiu dentro de um galpão.

Segundo o Corpo de Bombeiros, seis carros foram enviados para o local. Às 10h55, a corporação informou que duas pessoas ficaram feridas e foram socorridas com parada cardiorrespiratória.

Até as 10h40, a Infraero, no Campo de Marte, não tinha informações sobre o acidente. Próximo ao local da queda do helicóptero passam os trilhos da Linha 7-Rubi, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No horário, as composições circulavam normalmente.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Relatório sobre voo 447 conclui que maior culpa é dos pilotos, diz familiar (Postado por Lucas Pinheiro)


O presidente da Associação de Parentes de Vítimas brasileiras do AF 447, Nelson Marinho, afirma que o BEA (Escritório de Investigações e Análises, órgão encarregado das investigações do acidente na França) concluiu que os pilotos do Airbus da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em junho de 2009 deixando 228 mortos, “não estavam aptos para entender e responder ao problema” durante o voo.

Os familiares tiveram uma reunião de quatro horas nesta quinta-feira (5) com o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec, em Paris. Na ocasião, os investigadores que investigaram a tragédia apresentaram as conclusões do relatório final. O documento será divulgado à imprensa ainda nesta quinta-feira.

“Para mim, não mudou nada. O BEA apresentou um conjunto de informações técnicas, a maioria dos familiares não entende isso. Eles continuam com a principal acusação de que os pilotos erraram, mas sabemos que eles não tiveram culpa. O excesso de automação, apontado também pelo BEA, fez os pilotos ficarem reféns da máquina”, afirmou Marinho ao G1.

“Os pilotos não tinham sido treinados e não estavam aptos para responder àquela situação do avião. Há um excesso de automatismo. Isso eles falaram”, acrescenta Marinho.

“Eles citaram que recomendaram às empresas, tanto a Airbus quanto a Air France, para corrigir o treinamento dos pilotos. Mas há uma contradição: como botam pilotos para voar nestas condições? Eles eram comandantes com grandes experiências na área”, diz Marinho.

Maarten Van Sylus, representante das famílias alemãs e que também participou da apresentação, afirmou ao G1 que "as 10 recomendações de segurança dadas pelo BEA são, para os familiares, uma pequena, mas notável conquista". "Isso tira das costas dos pilotos o jugo da responsabilidade total pela tragédia". Segundo ele, algumas recomendações são técnicas e, outras, relativas a treinamento e procedimentos de voo e servirão como base para procedimentos jurídicos dos familiares contra a Air France e a Airbus.


No início de junho, o G1 adiantou que o relatório final concluiu que os pilotos do AF 447 não compreenderam a tempo que o avião perdeu a sustentação (entrou em situação de estol) após um procedimento equivocado do copiloto mais novo, e isso levou à queda do avião.

O acidente ocorreu após o Airbus deixar de enviar informações confiáveis aos pilotos sobre velocidade após o congelamento do sensor pitot ao passar por uma tempestade, desconectando o piloto automático. O copiloto mais novo tomou uma atitude errada, de elevar o bico da aeronave, provocando a perda de sustentação da aeronave. O copiloto mais experiente e o comandante não perceberam o erro e não identificaram que o avião caía.
'Defeito de fabricação'
Para o representante das famílias brasileiras na tragédia, o Airbus tem um “defeito de fabricação”.

“Vemos o BEA fugindo da verdadeira causa do acidente. O automatismo foi a principal causa”, diz.
Marinho diz que questionou Troadec sobre o motivo de os pilotos do AF 447 não terem desviado da tempestade, que congelou os sensores de velocidade pitot. “Naquela noite, o único voo que foi em frente na direção das nuvens foi o AF 447. Eles não souberam explicar o motivo”, lembrou.

Falha em treinamento
Para Maarten Van Sylus, “os pilotos não tinham meios suficientes para depreender a situação em que se encontravam. Não existia treinamento para aquela situação”.

“Os incidentes e acidentes que ocorreram antes do AF 447 (em que houve congelamento de pitots e problemas de falta de informações em alta altitude) não foram suficientemente estudados a fim de evitar uma complicaãoo mais grave, que acabou por derrubar o Airbus”, disse.

Maarten diz que “o relatório final descreve todos os diálogos e parâmetros de voo. O ponto crucial foi a perda das leituras de velocidades".
"Não há indicações de responsabilidades (no relatório final). Mas, com o fechamento dos trabalhos do BEA, temos fundamentação suficiente para uma ação imediata contra a Air France no Brasil. Houve exposição excessiva a riscos, em especial devido à errônea avaliação dos alertas anteriores sobre pitots defeituosos e não inclusão de treinamento aos pilotos para como responder a estas situações", diz Maarten.
A investigação do BEA confrontou dados das caixas-pretas com ações da cabine e respostas da aeronave e apontará, conforme apuração do G1, que o desenho da cabine, o automatismo do Airbus e a falta de treinamento adequado estão entre os principais condicionantes para que os pilotos não tenham entendido por que o avião estava caindo.