Destroços de avião são localizados entre Burkina Faso e Mali
Aparelho, com 116 pessoas a bordo, foi encontrado cerca de 80 quilômetros ao sudeste da cidade malinesa de Gossi
Cinegrafistas aguardaram novidades do lado de fora da sede da
companhia aérea espanhola Swiftair, nos arredores de Madri, nesta manhã.
24/07/2014.
Foto: Andrea Comas / Reuters
Os destroços do avião desaparecido na madrugada de hoje
quando voava de Ouagadogou a Argel foram localizados no norte do Mali
perto da fronteira com Burkina Faso, confirmou nesta quinta-feira o
chefe do Estado-Maior da presidência burquinense, general Gilbert
Diendere.
O aparelho, com 116 pessoas a bordo, foi encontrado
cerca de 80 quilômetros ao sudeste da cidade malinesa de Gossi, próxima à
fronteira com Burkina Fasso, declarou Diendere aos jornalistas, citando
como fontes moradores dessa região que viram a aeronave cair.
"Achamos que é uma fonte confiável, porque (sua
informação) corresponde com as últimas imagens do avião nos radares
antes de se perder o contato com o controle aéreo", disse o general em
Ouagadougou.
Autoridades confirmam que perderam contato com avião após decolagem
O avião, pertencente à companhia espanhola Swiftair que
operava o voo para Air Algérie, caiu nessa citada região, que é
desértica, por volta das 01h50 locais (22h50 de Brasília), segundo as
fontes das autoridades burquinenses, detalhou Diendere.
"Nestes momentos, estamos recopilando toda a informação
técnica para compreender melhor o que aconteceu, para informar às
chancelarias presentes em Ouagadogou e às famílias dos passageiros",
acrescentou o general.
Um míssil abateu o voo MH17 da Malaysia Airlines, com 295 pessoas a
bordo, na fronteira da Ucrânia com a Rússia. A informação foi confirmada
por agências de inteligência dos Estados Unidos. A autoria do disparo
ainda é investigada, mas separatistas russos são os principais
suspeitos. Não há sobreviventes.
Um sistema de radar identificou um míssil terra-ar ser disparado e ir
em direção ao avião comercial, pouco antes de a aeronave cair. Um
segundo sistema de radar identificou o rastro de calor do míssil no
momento em que o Boeing 777 foi atingido. A trajetória do míssil está
sendo analisada para que seja possível determinar a autoria do disparo.
Avião da Malaysia Airlines com 295 pessoas a bordo cai na Ucrânia38 fotos
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17.jul.2014
- Pessoas deixam flores e acendem velas em frente à embaixada holandesa
em Kiev, na Ucrânia, em homenagem às vítimas da queda do voo MH17 da
Malaysia Airlines, com 295 pessoas a bordo, na região de fronteira da
Ucrânia com a Rússia. Não há sobreviventes. O avião foi abatido por um
míssil. A autoria do disparo ainda é investigada, mas separatistas
russos são os principais suspeitos Leia maisValentyn Ogirenko/Reuters
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, havia afirmado pouco após a
queda do avião de que se tratava de um ato terrorista dos separatistas
pró-Rússia que controlam o leste da Ucrânia. "Isso não foi um incidente,
isso não foi uma catástrofe, foi um ato terrorista", disse.
Um
oficial norte-americano, sob condição de anonimato, disse ao "Washington
Post" que as agências não conseguiram determinar ainda quem atirou o
míssil. "Essa é uma área contestada. Vai demorar para conseguirmos
alguma informação sobre quem está envolvido."
O premiê da
Malásia, Najib Razak, também afirmou que o avião foi abatido por um
míssil durante entrevista coletiva sobre o acidente e que espera
respostas rápidas da investigação. "Não deixaremos pedra sobre pedra.
Quando confirmarmos que o avião foi mesmo derrubado, vamos insistir para
que os autores sejam rapidamente levados à Justiça", disse Razak.
O premiê informou que o governo malaio enviou representantes a Kiev,
entre eles membros da Equipe Especial de Resgate e Assistência em
Desastres, além de médicos. "Esse é um dia trágido, em um ano que já
tinha sido trágico", falou Razak, referindo-se ao desaparecimento do
outro avião da Malaysia (MH370).
Separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia já derrubaram ao menos dez aeronaves na região.
A lista inclui helicópteros militares, aviões de transporte do Exército
e caças da força aérea. O local é palco de conflitos entre o Exército
ucraniano e os rebeldes há meses, desde que o ex-presidente do país
Viktor Yanukovich foi deposto em fevereiro deste ano.
As
aeronaves derrubadas pelos rebeldes na região, que usaram lança mísseis
portáteis, voavam a baixa altitude, diferente do avião da Malaysia, que
estava a 10 mil metros de altura (33 mil pés). Segundo o Eurocontrol,
organização internacional que gerencia o tráfego aéreo na Europa, o
Boeing 777 da Malaysia Airlines voava cerca de 1.000 pés (300 metros)
acima da faixa fechada do espaço aéreo no leste ucraniano.
Segundo o especialista em segurança internacional Gunther Rudzit,
rebeldes ucranianos possuem mísseis terra-ar fornecidos pela Rússia com
poder de abater um avião.
"Os rebeldes já vinham alardeando que
teriam derrubado dois caças da Ucrânia. Um avião de transporte e
helicópteros também teriam sido derrubado", diz Rudzit. Por causa desses
indícios, ele acredita que o alvo do míssil não teria sido o avião de
passageiros, e sim um avião militar.
O avião ucraniano que seria
o suposto alvo teria conseguido despistar o míssil, que pode ter
"enquadrado o avião [da Malaysia Airlines] em altitude maior", explica o
especialista. "Esse míssil segue calor", completa. Os aviões de
passageiros voam em altitude mais elevada que aeronaves militares,
esclarece Rudzit.
Ucrânia, Rússia e rebeldes negam ter abatido avião
Em declarações dadas logo após a confirmação da queda do MH17, autoridades
dos governos russo e ucraniano, além do representante da República
Autoproclamada de Donetsk, negaram ter abatido o avião.
Rebeldes separatistas da região leste da Ucrânia, onde o avião caiu,
negaram qualquer envolvimento. "Nós simplesmente não temos esse sistema
de defesa aérea", de acordo com a agência Interfax. No entanto, o
especialista em segurança internacional, Gunther Rudzit, afirma que
mísseis terra-ar, guiados por calor e fornecidos pela Rússia aos
rebeldes, seriam capazes de abater um avião comercial.
"Os
rebeldes já vinham alardeando que teriam derrubado dois caças da
Ucrânia. Um avião de transporte e helicópteros também teriam sido
derrubado", diz Rudzit. Por causa desses indícios, ele acredita que o
alvo do míssil não teria sido o avião de passageiros, e sim um avião
militar.
O presidente ucraniano também negou que o Exército do
país tenha participação. "Nós não descartamos que esse avião tenha sido
derrubado e reforçamos que as Forças Armadas da Ucrânia não agiram
contra alvos aéreos", disse Poroshenko.
O porta-voz do governo
russo, Dmitry Peskov, afirmou que é "estupidez" acusar o país de
envolvimento no acidente com o MH17. A suspeita havia sido levantada
logo após o acidente pelo ministro das Relações Exteriores de Kiev,
Pavlo Klimkin.
Trajeto e resgate dos corpos
O voo MH17 ia de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e
voava a 10 mil metros quando caiu. O voo teria duração de 11h55 minutos
e percorreria uma distância de 10,2 mil quilômetros.
A Malaysia
Airlines perdeu contato com a aeronave às 11h15 (horário de Brasília), e
que sua última posição foi registrada no espaço aéreo ucraniano, a 30
km de Tamak.
Arte/UOL
Voo ia de Amsterdã (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia)
Oficiais de defesa da Ucrânia disseram que o trabalho na região de
Donetsk, onde o avião caiu, é difícil em razão dos destroços espalhados
por áreas extensas. As buscas também são dificultadas pela presença de
terroristas armados na região. O governo russo entrou em contato com a
Ucrânia oferecendo ajuda nas investigações e também no resgate das
vítimas.
"Estou chocado por relatos de que um avião da MH caiu.
Estamos lançando uma investigação imediata", disse o premiê da Malásia,
Najib Razak, em sua conta no Twitter.
O ministro da Justiça e
Defesa holandês, Ivo Opstelten, disse em comunicado que está
"profundamente chocado" com o acidente, confirmando que havia muitos
cidadãos do país no voo. "Meus pensamentos estão com as famílias e
amigos daqueles que estavam no avião", escreveu.
Opstelten
destacou que o governo holandês criará um número de emergência para que
as famílias das vítimas possam buscar informações.
Joe Pries/AP
Avião que caiu é semelhante a esta aeronave
Relembre o sumiço do voo MH370 da Malaysia Airlines