quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Depois de dois dias sob os escombros, cão vira-lata é encontrado sem ferimento

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REDAÇÃO
O vira-lata Tobby, um dos três cães que viviam na casa atingida por avião no domingo, é resgatado dois dias depois, sem ferimentos

O vira-lata Tobby, um dos três cães que viviam na casa atingida por avião no domingo, é resgatado dois dias depois, sem ferimentos


DA REPORTAGEM LOCAL

Após quase dois dias embaixo dos escombros, Tobby, vira-lata da família que teve a casa atingida pelo Learjet no domingo, foi achado sem ferimentos. Ele estava amarrado ao pé da cama em uma parte do imóvel que não foi destruída.
Tobby, apesar de ser de Cristina Simões Silva -que morava na casa dos fundos do terreno atingido pelo avião-, era o predileto de Cláudia Fernandes, 16, que teve 30% do corpo queimado e está internada no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Ela ainda corre risco de morte.
Tobby é um dos três cães que viviam no número 118 da rua Bernardino de Sena. Dois foram resgatados no domingo. Um deles, Tom, está com um veterinário. A outra era Preta, que pertencia a Cláudia e está num pet shop com Tobby.
Ontem os cães receberam a visita de Cristina e das irmãs Beatriz e Adriana, além de Rosa Maria, mãe das meninas. "É a primeira vez que elas [as filhas] saem do hotel [para onde foram levados familiares e moradores]", afirma Rosa Maria. "Acho que é bom para elas sairem um pouco de lá."
Um psicólogo dará assessoria às tias de Cláudia para decidir como contar que os pais dela morreram no acidente. Segundo as tias, ela descreve a tragédia, mas pensa que só ela e a amiga, Laís, também sobrevivente, foram atingidas.
Ontem, Rosa Maria Simões, tia paterna de Cláudia, disse que tem interesse em ter a guarda da sobrinha, a quem disse ser muito apegada. "Podemos dividir a guarda dela", disse Rosa Maria, referindo-se às outras tias de Cláudia.
Valdislene Gabriel de Matos, tia pelo lado materno, já contratou advogado para tentar ficar com Cláudia. Ela, que tem três filhos e cria a filha de outra irmã que morreu há seis anos, ainda não conversou com João (tio paterno) sobre a possibilidade de um acordo.
Valdislene e outros parentes também cogitam a possibilidade de processar a Reali Táxi Aéreo. "Queremos algo para a criação da Claudinha. Ela vai precisar de fisioterapia, remédio e outras coisas. Mas ainda vamos ver com o advogado o que fazer", diz o primo Sergio Ricardo de Souza Silva.
Ontem à tarde ainda foi retirado um peixe Betta da edícula da casa. Ele foi encontrado pela família de Rosa Maria, que visitou o local pela primeira vez após o acidente. O peixe estava em um local próximo de onde estava o vira-lata.
A rua Bernardino de Sena, interditada desde o domingo, foi liberada para o tráfego ontem. (RAFAEL TARGINO, LUISA ALCANTARA E SILVA E DANIEL BERGAMASCO)


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Fonte: Folha Uol

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0711200718.htm

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