O órgão francês responsável pela investigação do acidente com o voo 447 da Air France divulgou nesta sexta-feira (27) um relatório preliminar que descreve o que já se sabe sobre a queda do avião no Oceano Atlântico, que matou 228 pessoas em 2009.
A análise dos dados das caixas-pretas recuperadas, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análise), mostra que os pilotos viram dois registros simultâneos de velocidades diferentes no painel de controle durante "menos de um minuto" e que um dos registros mostrava uma redução brutal da velocidade.
Isso impediu que a tripulação soubesse a velocidade real do aparelho.
A queda do avião no Oceano Atlântico, em alta velocidade, durou cerca de três minutos e meio, de acordo com os dados retirados das caixas-pretas recém-recuperadas do mar. O Airbus caiu com o bico para cima.
O acidente, ocorrido em 31 de maio de 2009, começou com um pequeno alerta duas horas e meia após o início da viagem e pouco depois de o capitão ter deixado brevemente a cabine para descansar.
O relatório transcreve diálogos da tripulação na cabine e conclui que "a composição da tripulação estava em conformidade" com as regras.
Antes da queda, os pilotos enfrentaram dificuldades por mais de quatro minutos, segundo o relatório.
Um dos pilotos advertiu a tripulação que o avião entraria em uma zona de fortes turbulências.
"Em dois minutos devemos atacar uma área mais agitada do que agora e devemos tomar cuidado lá", disse.
O Airbus A330 subiu para cerca de 11.600 metros de altitude e começou logo depois uma rápida descida de três minutos e meio, girando de esquerda para direita, até tocar o mar.
O mais jovem dos três pilotos entregou o controle ao segundo piloto mais experiente um minuto antes do acidente e um minuto e meio após a retirada do piloto automático, sempre segundo o BEA.
O capitão, de 58 anos, voltou à cabine pouco mais de um minuto após o início da emergência, depois de "várias tentativas" de ser chamado.
Quando ele chegou ao cockpit, a aeronave caía a uma velocidade de 10 mil pés por minuto, com o nariz elevado em 15 graus e em um ângulo inclinado demais em relação à corrente de ar para permitir uma nova subida.
O capitão não estava no comando na hora da queda, sempre segundo o relatório do BEA.
'Informações fragmentadas'
O relatório preliminar não entrou em detalhes sobre o que teria provocado a diferença nos registros da velocidade nem sobre como isso teria influenciado no acidente do voo entre Rio de Janeiro e Paris. Ele também não aponta responsabilidades.
A divulgação deste relatório parcial, segundo o escritório francês, ocorreu por causa do que o órgão chamou de "rotina de liberação de informações fragmentadas e muitas vezes aproximadas", pela imprensa europeia nos últimos dias, dos resultados da investigação das caixas-pretas, iniciada em 14 de maio.
A nota, segundo o BEA, descreveu "de maneira factual" os acontecimentos que levaram ao acidente, mas não apresentou análises.
Isso só será feito, de acordo com as autoridades francesas, no relatório de etapa, que será publicado em final de junho, conforme anunciou Thierry Mariani, secretário de Transportes da França.
"Até o momento, estas são apenas observações, não uma compreensão do evento", disse nesta sexta-feira o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.
Até agora, o único fato estabelecido sobre o que poderia ter causado o acidente é uma falha no funcionamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade da aeronave.
Mas isso, segundo o BEA, não basta para determinar o que causou o acidente.
A análise dos dados das caixas-pretas recuperadas, segundo o BEA (Escritório de Investigações e Análise), mostra que os pilotos viram dois registros simultâneos de velocidades diferentes no painel de controle durante "menos de um minuto" e que um dos registros mostrava uma redução brutal da velocidade.
Isso impediu que a tripulação soubesse a velocidade real do aparelho.
A queda do avião no Oceano Atlântico, em alta velocidade, durou cerca de três minutos e meio, de acordo com os dados retirados das caixas-pretas recém-recuperadas do mar. O Airbus caiu com o bico para cima.
O acidente, ocorrido em 31 de maio de 2009, começou com um pequeno alerta duas horas e meia após o início da viagem e pouco depois de o capitão ter deixado brevemente a cabine para descansar.
O relatório transcreve diálogos da tripulação na cabine e conclui que "a composição da tripulação estava em conformidade" com as regras.
Antes da queda, os pilotos enfrentaram dificuldades por mais de quatro minutos, segundo o relatório.
Um dos pilotos advertiu a tripulação que o avião entraria em uma zona de fortes turbulências.
"Em dois minutos devemos atacar uma área mais agitada do que agora e devemos tomar cuidado lá", disse.
O Airbus A330 subiu para cerca de 11.600 metros de altitude e começou logo depois uma rápida descida de três minutos e meio, girando de esquerda para direita, até tocar o mar.
O mais jovem dos três pilotos entregou o controle ao segundo piloto mais experiente um minuto antes do acidente e um minuto e meio após a retirada do piloto automático, sempre segundo o BEA.
O capitão, de 58 anos, voltou à cabine pouco mais de um minuto após o início da emergência, depois de "várias tentativas" de ser chamado.
Quando ele chegou ao cockpit, a aeronave caía a uma velocidade de 10 mil pés por minuto, com o nariz elevado em 15 graus e em um ângulo inclinado demais em relação à corrente de ar para permitir uma nova subida.
O capitão não estava no comando na hora da queda, sempre segundo o relatório do BEA.
'Informações fragmentadas'
O relatório preliminar não entrou em detalhes sobre o que teria provocado a diferença nos registros da velocidade nem sobre como isso teria influenciado no acidente do voo entre Rio de Janeiro e Paris. Ele também não aponta responsabilidades.
A divulgação deste relatório parcial, segundo o escritório francês, ocorreu por causa do que o órgão chamou de "rotina de liberação de informações fragmentadas e muitas vezes aproximadas", pela imprensa europeia nos últimos dias, dos resultados da investigação das caixas-pretas, iniciada em 14 de maio.
A nota, segundo o BEA, descreveu "de maneira factual" os acontecimentos que levaram ao acidente, mas não apresentou análises.
Isso só será feito, de acordo com as autoridades francesas, no relatório de etapa, que será publicado em final de junho, conforme anunciou Thierry Mariani, secretário de Transportes da França.
"Até o momento, estas são apenas observações, não uma compreensão do evento", disse nesta sexta-feira o diretor do BEA, Jean-Paul Troadec.
Até agora, o único fato estabelecido sobre o que poderia ter causado o acidente é uma falha no funcionamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade da aeronave.
Mas isso, segundo o BEA, não basta para determinar o que causou o acidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário