segunda-feira, 30 de julho de 2007

Manifestação contra Lula e Marta na passeata, em São Paulo

* Palavra de ordem contra Lula na passeata

A passeata marcada para homenagear as 199 vítimas do acidente com o Airbus da TAM transformou-se num ato político ontem em São Paulo.

Durante os 4 km entre o Ibirapuera e o prédio da TAM Express destruído pelo avião, parte dos cerca de 6.500 manifestantes que enfrentaram o frio de 11º C da capital paulista gritaram palavras de ordem como "Fora, Lula!". "Fora, Marta!" e "Assassinos!".

A Avenida Washington Luís ficou coberta por flores.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


* Alguns de luto, outros com nariz de palhaço, mas todos indignados com o caos aéreo.

Sob um frio de 9º C, 6 mil pessoas saíram às ruas ontem para homenagear as vítimas do acidente da TAM e gritar por justiça e respeito.

Diante do prédio onde o Airbus A-320 explodiu há 13 dias, flores e a emoção de parentes dos mortos.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)

sábado, 28 de julho de 2007

Pilotos denunciam falhas na manutenção de aviões, troca de peças para driblar vistorias, excesso de trabalho e coação

Às empresas aéreas negam.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Fiscal da Infraero nem desceu do carro para vistoriar a pista do aeroporto de Congonhas

* O fiscal designado pela Infraero (empresa estatal que administra os aeroportos) para vistoriar a pista principal do aeroporto de Congonhas por causa da chuva antes do acidente com o avião da TAM, no último dia 17, nem desceu do carro para fazer a inspeção.

Fez três ziguezagues com o carro na pista e, segundo ele, não visualizou nenhuma poça ou lâmina d'água. Seu relato fez a pista do aeroporto ser liberada minutos depois.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* A pista principal do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, reaberta ontem, dez dias após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, operou durante seis minutos sem a autorização oficial da Aeronáutica.

Ela tinha sido fechada por conta do trabalho da perícia que apurava as causas da tragédia e das más condições climáticas.

Durante a semana, a Infraero - estatal que administra aeroportos - anunciou outras três vezes a reabertura da pista.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

terça-feira, 24 de julho de 2007

Airbus-A320 da TAM voava a 175 km/h quando se chocou com o prédio, ao lado de Congonhas

* O Airbus-A320 da TAM tinha velocidade de 175 km/h quando se chocou com o prédio da companhia ao lado de Congonhas, no dia 17.

Ao alcançar a pista, no pouso, sua velocidade estava entre 222 km/h e 240 km/h, que é o padrão para esse tipo de procedimento.

Essas são as primeiras informações obtidas a partir dos dados contidos na caixa-preta do vôo e foram divulgadas pelos deputados Marco Maia (PT-RS), relator da CPI do Apagão Aéreo, e Efraim Filho (DEM-PB), em Washington, nos EUA.

(Folha de Sã/o Paulo - Sinopse Radiobrás)

Aeronáutica e Infraero afirmam que é cedo para conclusões sobre as causas do acidente

* A análise preliminar da caixa preta do Airbus da TAM indica que os pilotos não tentaram abortar o pouso em Congonhas e decolar de novo (arremeter), informaram deputados da CPI do Apagão Aéreo que acompanharam nos EUA a decodificação do equipamento.

"Não há ainda elementos suficientes para dizer se houve falha mecânica ou falha humana.

A hipótese de a pista ser um fator contribuinte para o acidente continua em análise", disse o deputado Marco Maia (PT-RS).

De acordo com a Aeronáutica e a Infraero, os dados não são oficiais e é cedo para conclusões sobre as causas do acidente.

Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Pelo menos seis pilotos de aviões que pousaram no Aeroporto de Congonhas na segunda-feira, 16, e na terça, 17, dia da tragédia com o Airbus da TAM, reclamaram à torre de controle sobre a pista.

Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás- 23/07/2007)


* O manual de operação do Airbus-A320, modelo da TAM que foi protagonista da maior tragédia da aviação brasileira, é "incompleto", "ambíguo" e "menos compreensível do que precisaria ser" para os pilotos no item que trata do sistema de frenagem - fato que pode contribuir para acidentes aéreos.

A avaliação é do especialista britânico Peter B. Ladkin, professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, e que estuda, há 14 anos, acidentes específicos do Airbus-A320.

Em seus trabalhos, Ladkin identificou três aviões do mesmo modelo (além do da TAM) que já tiveram acidentes por dificuldades do sistema de freios.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás- 23/07/2007)


* A professora Carmem Caballero, 39, assistiu firme às cenas ao vivo do acidente da TAM, na terça-feira, Tinha esperança de que a mãe, Maria Elizabete Silva Caballero, 65, e duas filhas, Júlia, 14, e Maria Izabel, a Mimi, 10, não estivessem ali.

Quando ouviu a confirmação do mesmo número do vôo em que estava parte de sua família, desabou. (...)

Nesta entrevista à Folha, Carmem conta que lerá um livro muito especial para as filhas, que pensou em se mudar do Brasil por causa dos governantes e que está sofrendo pelo amor materno em duas situações diferentes.

Fala também do pior momento do dia em sua nova rotina e lembra da última vez em que falou com as filhas.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás - 23/07/2007)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Piloto não tentou arremeter Airbus, revela a caixa-preta

Caixa-preta indica que piloto não tentou arremeter Airbus

Brasília - Informações preliminares da caixa-preta do Airbus A320 da TAM que se acidentou na terça-feira em Congonhas, São Paulo, indicam que o piloto do avião não tentou arremeter, ou seja, decolar de novo, ao perceber que não conseguiria frear nos limites da pista principal do aeroporto de Congonhas.

Pelas informações decodificadas até agora, o trajeto do avião indica uma linha reta até o momento do acidente.

Inicialmente, acreditava-se que o piloto, ao perceber a impossibilidade de frear, teria tentado levantar vôo novamente, mas acabou batendo no prédio da TAM Express, na Avenida Washington Luiz.

Os peritos da Aeronáutica encarregados de desvendar as causas do maior acidente aéreo do País têm enfrentado dificuldades para acessar os dados da caixa-preta do Airbus A320.

O forte impacto com o prédio da TAM Express e a exposição ao fogo danificaram a estrutura metálica que envolve o cartão de memória - "cérebro" do equipamento.

Segundo fontes militares, antes de fazer a leitura será preciso desmontar por completo as caixas-pretas.

CAIXA-PRETA DANIFICADA

LEIA MAIS

COMO FUNCIONA?

A análise dos dados da caixa-preta está sendo feita nos laboratórios do National Transportation Safety Board, em Washington, e é acompanhada por oficiais da Aeronáutica que viajaram para os Estados Unidos.

Dois deputados da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, Marco Maia (PT-RS) e Efraim Filho (DEM-PB), também estão em Washington para acompanhar os trabalhos.

Desde sexta-feira, são analisadas as informações técnicas do vôo JJ 3054, entre Porto Alegre e São Paulo.

Uma segunda caixa-preta, com os diálogos entre os pilotos, começa a ser analisada hoje.

"O trabalho de análise dos dados está sendo feito rapidamente e com muita determinação", elogiou o deputado Marco Maia, relator da CPI.

Os oficiais da Aeronáutica, segundo o deputado, não descartam a hipótese de que as condições da pista principal de Congonhas tenham sido um fator que contribuiu para o acidente.

"Não há ainda elementos para dizer que houve exclusivamente falha mecânica ou exclusivamente falha humana.

Com isso, a hipótese de a pista ser um fator contribuinte para o acidente continua em análise", afirmou Maia.

Luciana Nunes Leal

(do UOL Últimas Notícias - 23/07/2007 - 14h12)

domingo, 22 de julho de 2007

O reversor tem a função de desacelar o avião no pouso

* Mesmo antes da análise das caixas-pretas, pilotos e especialistas apontam cinco possíveis causas para o acidente:

as condições da pista de Congonhas, a chuva, a falha no reverso, o excesso de peso e a alta velocidade no pouso.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)


* Em seu manual de treinamento de tripulantes, a TAM recomenda o uso do reversor em potência máxima em todos os pousos do Airbus A-320.

O manual é uma espécie de guia do usuário destinado a pilotos.

Um dos dois reversores do avião que se acidentou estava desligado.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O Airbus da TAM , que deixou ao menos 187 mortos, número de resgatados até a noite de ontem, tinha um defeito no reversor da turbina direita.

O equipamento tem a função de desacelerar o avião no pouso.

A TAM admitiu o travamento do reversor, mas afirmou, por meio de nota, que o problema não impedia o uso da aeronave.

Segundo a TAM, a Airbus recomenda revisão no dispositivo até dez dias após a identificação do defeito.

Na coletiva de anteontem, o presidente da empresa, Marco Antonio Bologna, insistiu em que o A320 estava em perfeitas condições de uso.

"O procedimento não configura qualquer obstáculo ao pouso da aeronave", diz a nota da empresa.

Para especialistas em gestão de crise, o que se viu na seqüência do acidente foi um despreparo da TAM, que demorou para prestar informações e amparar parentes das vítimas.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

sábado, 21 de julho de 2007

Anac considera o reverso como necessário para o pouso de aviões em pista molhada, ao contrário do que afirma a TAM

* Falha no reverso aumenta riscos.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)


* Uma instrução baixada pela Anac em janeiro orientou o uso de reversores, um sistema auxiliar de freios, em aviões a jato durante operações de pouso em pistas molhadas.

Segundo a Infraero, era essa a condição da pista de Congonhas no dia do acidente com a TAM - o avião, contudo, operava com apenas um reversor.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* A Anac considera o reverso um item necessário para o pouso de aviões em pista molhada, ao contrário do que afirmou em nota a TAM.

A empresa julgou que o Airbus A-320 que se acidentou em Congonhas poderia dispensar o equipamento.

(O Globo - Sinopse Radiobrás)


* Especialistas que investigam as causas do acidente dizem que só o fato de um dos reversos da turbina estar travado não provocaria a tragédia.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Georges de Moura Ferreira - É insensato falar em insegurança no sistema aéreo. (Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Marc Baumgartner - Público é iludido e colocado em risco desnecessário. (Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Situações ou decisões erradas dos pilotos podem ter contribuído. Além disso, se a pista fosse maior haveria melhores condições de frear o Airbus.

Ontem foi identificada a 187ª vítima.

O piloto Marcos Stepanski tinha viajado com a tripulação na condição de "não operante".

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* O Airbus da TAM , que deixou ao menos 187 mortos, número de resgatados até a noite de ontem, tinha um defeito no reversor da turbina direita.

O equipamento tem a função de desacelerar o avião no pouso.

A TAM admitiu o travamento do reversor, mas afirmou, por meio de nota, que o problema não impedia o uso da aeronave.

Segundo a TAM, a Airbus recomenda revisão no dispositivo até dez dias após a identificação do defeito.

Na coletiva de anteontem, o presidente da empresa, Marco Antonio Bologna, insistiu em que o A320 estava em perfeitas condições de uso.

"O procedimento não configura qualquer obstáculo ao pouso da aeronave", diz a nota da empresa.

Para especialistas em gestão de crise, o que se viu na seqüência do acidente foi um despreparo da TAM, que demorou para prestar informações e amparar parentes das vítimas.

(Gazeta Mercantil - Sinopse Radiobrás)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

O maior acidente da história da aviação brasileira estaria programado

Já temos insistido, através de outros blogs, no fato de que qualquer acidente, na verdade, constitui um evento programado, permanecendo engatilhado para disparar tão pronto um fator desencadeante venha a ocorrer.

Todo acidente, assim como qualquer evento patológico, não decorre de causa única, mas da conjugação de fatores (teoria da multicausalidade), embora haja predominância, em cada caso, de um ou mais destes, os quais podem, simplificadamente, ser agrupados em:

- condições inseguras e,

- atos inseguros.

Qualquer que seja o elemento desencadeante do acidente com o avião da TAM, certamente, houve contribuição das reconhecidas condições inseguras, existentes no caótico sistema de transporte aéreo do país, assaz registradas em nossos blogs.

Portanto, esta catástrofe, além de programada, já estaria anunciada, como consta do título da matéria do Jornal do Brasil, cujo teor é o sequinte:


* A mais anunciada das tragédias

O vôo JJ 3054 da TAM, que partiu de Porto Alegre, às 17h16, com destino a Congonhas protagonizou o maior acidente da história da aviação brasileira.

Derrapou na aterrissagem, cruzou uma avenida e explodiu ao bater no prédio da companhia aérea, onde trabalhavam cerca de 30 funcionários.

Cinco minutos antes do acidente, um piloto informou ter ouvido a torre solicitar à Infraero que verificasse se a pista tinha condições de pouso.

Na segunda-feira, primeiro dia de chuva constante depois da reforma das pistas, uma aeronave da Pantanal com 21 passageiros derrapou e foi parar na grama.

A reforma, que custou R$ 20 milhões aos cofres públicos, não deixou as pistas menos perigosas.

Em fevereiro, após uma série de incidentes na pista, a Justiça paulista tentou interditar o aeroporto, mas o ministro da Defesa, Waldir Pires, insistia na tese de que "não havia razões sérias para isso" e que derrapagens são comuns em qualquer lugar do mundo.

Os bombeiros, até as 22h30, resgataram pelo menos 12 corpos dos escombros.

Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


* O agente de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, culpou a falta de ranhuras na pista principal de Congonhas pelo acidente.

A pista foi reaberta dia 29, sem as ranhuras de escoamento da chuva, que só podem ser feitas um mês após a reforma para o concreto se consolidar.

Já o diretor de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas, Ronaldo Jenkins, acha cedo para culpar a pista.

A Infraero não descarta erro do piloto.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)