quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Teoria da multicausalidade: Concorrência de uma série de falhas resultou no maior desastre aéreo do Brasil

Num enfoque sistêmico, os acidentes de trânsito, envolvendo veículos de qualquer natureza, resultam sempre, da concorrência de mútiplas causas, dependentes:

do veículo:

da via e

do homem.

Se focalizarmos o acidente através de uma perspectiva ecológica, ou seja, mediante a utilização da metodologia sistêmico-ecológica-cibernética, por nós proposta, necessitamos inclui as condições ambientais, também em sua dimensão sistêmica (ambiente físico, biológico, tecnológico social), em que se insere a tríade acima mencionada.

Esta visão commporta, ainda, a enumeração e descrição de múltiplos faltores ambientais, sobretudo a ampliação do ambiente social, melhor dito (ambiente socio-econônomico-político-cultural) que, sem dúvida, têm implicação na gênese do acidente com o Airbus da TAM, principalmente os de caráter administrativo, público de privado.


Vejamos, a seguir, o notciário de hoje, em que são enumeradas possíveis causas ou fatores concorrentes para o maior acidente aéreo do país:


* A transcrição das conversas entre os pilotos do Airbus da TAM que explodiu ao sair da pista em Congonhas mostra que não uma, mas uma série de falhas pode ter levado ao maior desastre aéreo do Brasil.

De acordo com a caixa-preta, cujos dados foram reproduzidos na CPI do Apagão Aéreo, o primeiro sinal de problema no Airbus detectado pelos pilotos foi o não funcionamento do freio aerodinâmico assim que houve o toque na pista.

Segundo a Aeronáutica, um dos manetes de potência também estava na posição incorreta durante o pouso, mas os envolvidos na investigação evitam considerar esse erro como o único fator que conduziu à tragédia.

(Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


* Falha ocorreu 2 segundos antes do pouso

A caixa-preta do Airbus da TAM que explodiu em Congonhas mostra que a falha central no acidente ocorreu apenas dois segundos antes de o avião tocar no solo.

Foi o momento em que o Airbus acelerou, em vez de frear.

A transcrição da gravação da cabine do vôo, divulgada pela CPI do Apagão Aéreo, mostra que os pilotos acionaram os manetes na hora certa, tentando desacelerar os motores, mas o avião acelerou.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)
* Caixas-pretas mantêm dúvidas sobre tragédia
As informações das caixas-pretas do Airbus da tragédia de Congonhas são insuficientes para concluir que o acidente foi provocado por erro dos pilotos. Um manete de controle das turbinas estava na posição errada, conforme antecipou o Estado no início das investigações. Mas é possível que a falha tenha ocorrido porque os computadores de bordo comandavam a operação e não permitiram o uso dos freios manuais. Em relato aos integrantes da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, o chefe do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos, brigadeiro Jorge Kersul Filho, apontou a hipótese de que o piloto tenha colocado o manete na posição correta, de ponto morto, porém uma falha dos computadores tenha mantido a alavanca na posição de aceleração. A CPI divulgou a transcrição dos últimos 30 minutos de diálogos travados na cabine do avião. Já na pista, o co-piloto pediu ao piloto que desacelerasse.

"Não consigo, não consigo. Oh, meu Deus.

Oh, meu Deus", foi a resposta.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)


* Erros fatais

Dados de caixa-preta revelam o desespero dos pilotos do vôo 3054 para tentar frear o Airbus da TAM. Mas não permitem apontar um único culpado pela tragédia que matou 199 pessoas, no maior desastre da aviação civil brasileira.

Na verdade, evidenciam uma sucessão de falhas: um dos reversos do avião travado, spoilers (freios aerodinâmicos que ficam nas asas) inoperantes, manete em posição acelerada (em vez de ponto morto), freios que não obedeciam, pista molhada, escorregadia e sem área de escape.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)

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