quarta-feira, 18 de julho de 2007

O maior acidente da história da aviação brasileira estaria programado

Já temos insistido, através de outros blogs, no fato de que qualquer acidente, na verdade, constitui um evento programado, permanecendo engatilhado para disparar tão pronto um fator desencadeante venha a ocorrer.

Todo acidente, assim como qualquer evento patológico, não decorre de causa única, mas da conjugação de fatores (teoria da multicausalidade), embora haja predominância, em cada caso, de um ou mais destes, os quais podem, simplificadamente, ser agrupados em:

- condições inseguras e,

- atos inseguros.

Qualquer que seja o elemento desencadeante do acidente com o avião da TAM, certamente, houve contribuição das reconhecidas condições inseguras, existentes no caótico sistema de transporte aéreo do país, assaz registradas em nossos blogs.

Portanto, esta catástrofe, além de programada, já estaria anunciada, como consta do título da matéria do Jornal do Brasil, cujo teor é o sequinte:


* A mais anunciada das tragédias

O vôo JJ 3054 da TAM, que partiu de Porto Alegre, às 17h16, com destino a Congonhas protagonizou o maior acidente da história da aviação brasileira.

Derrapou na aterrissagem, cruzou uma avenida e explodiu ao bater no prédio da companhia aérea, onde trabalhavam cerca de 30 funcionários.

Cinco minutos antes do acidente, um piloto informou ter ouvido a torre solicitar à Infraero que verificasse se a pista tinha condições de pouso.

Na segunda-feira, primeiro dia de chuva constante depois da reforma das pistas, uma aeronave da Pantanal com 21 passageiros derrapou e foi parar na grama.

A reforma, que custou R$ 20 milhões aos cofres públicos, não deixou as pistas menos perigosas.

Em fevereiro, após uma série de incidentes na pista, a Justiça paulista tentou interditar o aeroporto, mas o ministro da Defesa, Waldir Pires, insistia na tese de que "não havia razões sérias para isso" e que derrapagens são comuns em qualquer lugar do mundo.

Os bombeiros, até as 22h30, resgataram pelo menos 12 corpos dos escombros.

Jornal do Brasil - Sinopse Radiobrás)


* O agente de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho, culpou a falta de ranhuras na pista principal de Congonhas pelo acidente.

A pista foi reaberta dia 29, sem as ranhuras de escoamento da chuva, que só podem ser feitas um mês após a reforma para o concreto se consolidar.

Já o diretor de segurança de vôo do sindicato das empresas aéreas, Ronaldo Jenkins, acha cedo para culpar a pista.

A Infraero não descarta erro do piloto.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

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